As palavras sussurram
 dos meus lábios,
como ondas de folgo e vontades,
Invento sons, palavras,
qualquer coisa que eu consiga
compreender,
e que me leve até ti.

As palavras emudecem
 num silêncio mordaz e gélido.!

E, já não há sons,
dentro da noite vazia,
e a minha dor toma a forma do fogo,
que abruptamente me sacude e fere.!

Não há cânticos que me levantem,
nem certezas que me alentam,
nem as coroas de flores,
cercadas em teu redor,
 teem a beleza que te pertencia...!
Graça Bica

 (reservado ao direito de autor)

Faz um retrato,
de mim...

Com brilho nos meus 
olhos, 
desenha a minha boca 
cor de carmim! 
O meu peito. 
como maças 
vermelhas,
apetecidas!

De pele macia.
cor de canela, 
Com o cheiro 
de alecrim. 
Vai delineando todo 
o corpo... 
Com as tuas mãos, 
aveludadas.e firmes...

Veste a minha pele, 
de seda pura, 
agasalha-a ,com os 
teus braços.
Moldura-me em talha
dourada.

Olha, para o retrato, 
sempre que apeteça...

Graça Bica.

Em mim desaguam 
afluentes 
de rios,
e o meu corpo é paisagem 
do lado de fora da janela, 
nos meu olhos, 
há fontes e flores, 
onde guardo as memórias, 
de uma inquieta distância!

Um mar de água doce corre, 
nos meus sentidos, 
e o silêncio fala-me 
das paixões 
tornando-as reais, 
e as vezes longínquas ...

Que eu amo, 
do amor ,do teu nome...

A minha alma inquieta 
é uma concha 
nas marés cheias, 
uma réstia de espuma 
do teu nome... 
E a minha vida 
é uma estação que perdura 
a tua espera ...
(reservado o direito de autor)
Graça Bica@.

Terça-feira, 28 de Abril de 2011.

As dunas brancas,
enchem de silêncio
a paisagem,
da outra parte de mim!

Quem sabe um dia,
não escreverei um conto,
ou um poema,ou talvez um verso,
de tudo que acontece
dentro de mim...

Ouço as palavras gritando
o meu nome,
como se só eu fosse capaz
de as libertar do silêncio,
e chamam por mim.

As palavras pavoneiam-se,
para me seduzir,
talvez seja melhor dizer
quererem-me demais...

É o silêncio que escreve,
no livro dos meus poemas.
Graça Bica.
(reservado ao direito de autor)

Boa tarde:

Espero que me compreendam e me respeitem.!

O porquê da minha poesia andar abraçada,com a dor,com a saudade,e o passado...!

A minha vida foi mutilada abrutamente.
Perdi o amor da minha vida, o meu homem,o meu companheiro, pai dos meus filhos,o meu amigo incondicional..!

Afundei,esqueci de mim,dos filhos,de todos que me queriam bem, e circulavam em meu redor.

Já lá vão dezenas de anos.!

Passei anos entristecida, sem vontade de caminhar,nem vontade de viver...!
Perdoem-me; não foi forte, doei-me a mim só,vivia com recordaçoes, e ainda vivo.

Sou uma mulher, como tantas outras, que sofrem perdas,incontroláveis, umas superam rápido, outras não._

Caminhei sempre com rectidão, e caminho, os meus filhos,são o alento da minha vida, a minha neta é a minha obra,a minha continuidade, a força do meu viver...

"Exs "a razão da minha poesia...

Escrevo tudo que desagua de mim,e só assim faz sentido para mim escrever...
Desabafos da minha alma,são inesgotáveis, porque escrevo para TI.!

Obrigada por me respeitarem..!
Para todas amigas,os, que me acarinham com fotos, palavras, e massagem, o meu muito obrigada.
O meu alento, é escrever, dar voz ao meu coração, e deixar respirar a minha alma.

EU SÓ SEI ESCREVER ASSIM...!!!

Um Bem Haja.
Obrigada,e sempre vossa amiga
Graça Bica.
Outubro 17/10/2017.

Meu amor.

O tempo é uma grande ajuda.

É uma frase feita mas é assim.!

Continuo a extravasar as minhas angústias...

Faz-me bem escrever para ti.
dei-te o meu amor,
a minha alegria as minhas gargalhadas...
E tu,
deste-me serenidade,carinho
e muitas alegrias...

Sabes,
que eu mordo as palavras,
como mordo as angustias!

Tenho a minha solidão,
o meu próprio sorriso,
o meu jeito de escrever,
limo as arestas de que foi
a nossa vida,
sempre que vagueio em ti..!

As palavras deixam cicatrizes,
o sonho deixe saudade,
o amor alegria,a tristeza nostalgia.
Fiquei com todo isso,
para mim !
Graça Bica.
(reservado ao direito de autor)

Queria poder deixar as orquídeas,
no teu colo,
e poder acarinhar o teu rosto,
mesmo com o vento, soprando de norte,
fazendo carneiros nas vagas altivas,
galopando pelo mar adentro.

Sentado esperavas por mim!

Poderia abraçar o teu corpo, só com o cheiro,
tantas vezes eu, disse,
que o perfume da tua pele,só eu
o reconhecia.
Ainda hoje quando olho o mar, com nortada,
as saudades agulham no peito,
as lágrimas, bailam nos meus olhos,
descendo lentamente.

Todos os dias saúdo o mar.

E a minha mente vagueia num vote a deriva,
tantas vezes, nos-beijamos ao por do sol,
sentados junto ao mar, em maré rasa,
fazendo promessas, que nunca chegamos a cumprir.
A minha alma doí,
quando penso em ti meu amor.

Que teria sido da minha vida, se estivesse ao meu lado?...

Uma mulher feliz, e compreendida por ti!
Graça Bica.
(reservado ao direito de autor)