terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Os olhos da minha Avó, são castanhos, tristes e cansados, duma profundidade que engolem o mundo. Os olhos castanhos da minha avó são doces, só,os da minha mãe os iguala. Recordo os olhos da minha Avó, e revejo-me pequenina. Os olhos da minha avó falam, docemente baixinho para uns olhos que enxerga no céu,os olhos esverdeados do meu Avô. A minha Avó disse-me" se o vires diz-lhe que o tempo dele não passou,que me sento na cama distraída a contar-te historias, diz-lhe, que o tempo dele não passou que só me atraso mais um pouco... São às histórias da minha Avó,enquanto escrevo componho a gola alta da minha camisola para guardar todos os beijos da minha Avó. O mundo da minha avó é escrever palavras que nunca teve tempo de confessar ao meu Avô. Olhos doces e cansados que engolem o mundo são, os olhos da minha doce Avó.!!! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Hoje meu amor, as paredes da sala choram por ti, a manhã acordou cinzento com as gaivotas a voarem desajustadas, umas voam para norte,outras para sul, e,o mar está enfurecido com ondas a golpearem-se e, crispadas. Nas vidraças da janela escorrem grossas lágrimas ajustadas com os meus olhos, parecendo bailarinas escorrendo pelo meu peito, enquanto a minha alma chora. Hoje vou escrever uma nova missiva pera ti amor, desabafando o agulhado que trago no peito, é,de tanta a dor, que os jasmins choram, na jarra enlaçada à tua fotografia meu amor. Meu doce amado, amanhã de manhã cedinho, irei colher amores perfeitos para adornar a jarra que enlaça o porta retratos com as nossas fotografias amado meu.!!! (reservado ao direito de autor) Graça Bica. A imagem pode conter: 1 pessoa
Um poema para o meu filho. Os anos passaram,correram pela tua singela pequenez guardada como quem guarda uma doce alma dum filho. Ensinaste-me o caminho para percorrer ainda dentro do meu ventre, construíamos sonhos enquanto dormias, depois... desenhaste um novo céu para mim, e eu ofereci-te a vida, os dias,as noites os meses,e os anos.! Fiquei rendida ao teu olhar, mais bonito que a luz duma estrela no céu, mergulhei os meus braços no teu corpo, ainda te trago acolhido no meu regaço, como todas as mães trazem os seus filhos. Meu eterno filho, meu aconchego quando em mim adormecias... Hoje és o meu jardim onde florescem sonhos rendidos com esperança. Sem nunca deixares de me amar meu filho. (reservado ao direito de autor) Graça Bica. A imagem pode conter: 1 pessoa, a dormir e closeup

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Queria acreditar meu amor, no sentido de todas as frases que escrevo, e,que em alguma delas te puxasse para mim, em todas elas estás presente meu amado. Escondo-me na ilusão das palavras nas pétalas de acucena puras, nas caricias do ultimo beijo embalando o passado para poder inventar um novo presente. Ainda.... meu amor... um vento sopra no meu rosto, e, as lágrimas caem pelo peito, acredito que há beijos... nas pétalas das açucenas,e palavras para trocar nós nossos sonhos. Trazes todos os meus poemas nós teus lábios, de botão de roseira vermelha, e o meu amor na maciez do teu corpo, e os nossos sonhos guardados em todas as madrugadas amor.!!! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Poesia da alma da poeta Graça Bica. 8 de Dezembro 2016. Sinto ás tuas palavras a chorar no meu peito, num silencio que faz doer amor. Observo o mar cor de torquesa manso, as gaivotas a dançar num ritmo do acasalamento. . Continuo a olhar o mar... Tranquilo,seguro,e no meu peito desaguam suspiros,frases num doce embalo,e,quase que chego a sentir o teu hálito a maça doce amor. A muito tempo que não sentia este doce embalo, esta leveza e esta paz, que me abraça cuidadosamente no meu corpo frágil de mulher. Deixo-me ficar a olhar o mar, a sentir a brisa do vento serpenteando no meu corpo,enquanto os meus olhos repousam na imensa distancia. O mar chama por mim... As ondas desfazem-se leves,sussurrando espirros salgados pela orla da praia. há um longo mistério entre mim e o mar, que se agiganta... O nosso amor é efêmero, os poemas que leio ao fim da tarde na praia repousam na areia molhada em silencio, entre o mar ,e eu,e tu meu amor.!!! (reservado ao direito de autor) Graça Bica. A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, óculos de sol, riscas, céu, oceano, ar livre e água

sábado, 7 de dezembro de 2019

"Para todas as mulheres" Um certo dia um homem ajoelhou e perguntou a Deus Senhor,diga-me porque as mulheres choram com tanta facilidade... Deus lhe disse,_________quando criei a mulher tinha que fazer algo muito especial,fiz os ombros suficientemente fortes capazes de suportarem o mundo inteiro, porem suficientemente suaves para confortar, e dei uma imensa força para que pudesse suportar as dores da maternidade,também o desprezo que bem dos próprios filhos. E dei-lhe fortaleza que permita continuar a cuidar sempre da sua família sem se queixar,apesar das enfermidades e do cansaço. Dei-lhe também, sensibilidade para amar os seus filhos, mesmo quando eles a magoam muito, a sensibilidade para afugentar qualquer dor ou tristeza. Dei-lhe as lágrimas para usá-las quando precisarem.. A mulher verte em cada lágrima amor, dor, traição, a mulher tem em cada lágrima um pouco de amor, essas gotas que descem pelo rosto de uma mulher desvanecem no ar e salvam a humanidade. O homem que responde com um profundo suspiro, é um bom pai,amigo,e marido. Agora compreendo o sentimento da minha mãe e do meu irmão ... Obrigada meu Deus por teres criado a mulher. Com um terno beijinho, a pensar,e a desejar um abençoado Natal.!!! Da sempre amiga,e ao dispor Graça Bica A imagem pode conter: mesa e interiores

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Meu amado, sinto-me numa profunda tristeza, os sinos da igreja não param de tocar, declamo um poema para ti... Sinto a minha alma dormente de mim, enfim de nós amor. No declínio da tarde acinzentada, ouvem-se gaivotas em voo deslizante, encobrindo às madressilvas do meu reino, num gesto de candura e,arrependimento. Nem os líquenes desenhados na teia dos meus lábios ao acordar me reconhecem, nem o meu corpo bordado de estrelas jamais, será um manto de camellias e prazer, às palavras transferem-me para o subterrâneo das minhas dores, mesmo que ceifadas continuam arder. Os sinos ainda choram... e,se eu pudesse falar-te ainda, das raízes singelas do meu peito, talvez pudesse dizimar todas às flores secas do meu medo. Ficaria neste silencio orquestrado nas arpas dum anjo. Ficaremos assim nesta eterna saudade, de mim,de ti,de nós meu amor.! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.