quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Um sonho suado
fustigou
enrolou-se em mim...

Lotei, para desfazer
os laços,
que me prendiam!


Caminhavas !
Num passo apressado,
para enlaçares de novo
meu corpo!
Roguei ao céu ....
para caminhar
sozinha...


Ainda te amava no sonho!
como a chama
de uma vela, queimando
o resto do pavio!!!

Os raios de sol,
entraram no quanto,
aqueciam o corpo ,
prostrado na cama,
sem roupa, tremendo de frio ...
Dom sonho bravio ....

Graça Bica.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Comodamente no sofá
ignoro a noite !
Enterro um sonho
imperfeito.

 Como os moveis cor-comidos,
e cal, caindo das parede,
da humidade do longo inverno!
As telhas esmiuçadas
deixam cair gota a gota,
no sitio menos próprio,
onde me acomodo...


Porque a sala esta velha!
Como o coração da alma que pena.

Mesmo quando o sol
descobre ,
sendo, de pouca dura.
Assalta pelas janelas,
evitando o corredor.
Continuo no sofá escrevendo...
Perguntei-me?
para quem escrevo ?
o silêncio, negou-me a resposta!
Escrevo livros,
Para preencher as prateleiras...
Graça Bica.
Sempre que passo
naquela rua estreita
sem nome!

Para os lados da igreja. ...
Oiço, um violoncelo chorar...
Num acordo breve,
lento, e sentido!
Fico sem saber o que
pensar...

Tenho ideias, fantasias,
que me põem a chorar...
A calçada, fria escorregadia,
nem o sol consegue entrar,
nem os pássaros, povoem
aquela travessia ...

Verdade porém
aquele violoncelo
em leia-me,e faz-me
chorar ....
Graça Bica
Quase ao cair
da tarde,
da janela do meu quarto.

 Vejo, a praia deserta,
o silêncio deu voz
as gaivotas!
Num esvoaçar
dançando...

No silêncio perdido,
do areal...
O rosto dum pescador,
olha enfeitiçado,
saboreando cada gesto,
a cada instante...

As ondas respondem-lhe
baixinho,
aos pensamentos
que lhe vão na alma ...
O sonho!
Graça Bica

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O frio e a chuva
cai..
O cheiro da terra molhada,
inala a minha  memoria...
Lua perde o brilho, 
o vento agita os cabelos,
desalinham, as lagrimas
começam a cair...

Veem lembranças,
de um amor louco
desenfreado,
que o nosso corpo
agasalhava.!
Das fúrias e vendáveis...

Os barcos baloiçavam,
as ondas  tremiam, só
para olhar o nosso abraço, e
o beijo longo sofrido...
esperei por ti.
Junto ao cais ...

Graça Bica

  

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Neste momento,
neste dia, nesta hora,
penso em ti...

No teu sorriso terno e
triste,
aberto, e fechado.
No teu querer
e no teu ser.
Penso em ti !


No teu amor, e
no teu medo,.
na tua revolta e
dependência.
No teu corpo dócil e
amedrontado,
na tua tristeza e
tua defesa...

Neste momento
continuo a pensar
em ti....
Abro o meu abraço
para ti ....
Amor!!!
Graça Bica
Sempre que passo
naquela rua estreita
sem nome!

Para os lados da igreja.
Oiço, um violoncelo chorar...
Num acordo breve,
lento, e sentido!
Fico sem saber o que
pensar...
Tenho ideias, fantasias,
que me põem a chorar...
A calçada, fria escorregadia,
nem o sol consegue entrar,
nem os pássaros, povoem
aquela travessia ...

 Verdade porém
aquele violoncelo
em leia-me,e faz-me
chorar ....
Graça Bica