Hoje nenhuma nota musical
poderia viver em mim,
o som dum tambor anuncia-me
a tua partida,
por isso,nos meus olhos 
os lírios não cantam,
só choram...
Dentro dum manto de violetas,
e as minhas lágrimas desceram
num aprumo sem dó!

Só este instante me pertence,
 só um bocado de mim,
rezará a história.
Trarei comigo o sonho de onde viemos,
o oriente para onde os cánticos dos astros
exaltam a beleza da noite,
e o ocidente das aves de oiro,
para onde os meus sentidos partiram
e não voltaram...
(reservado ao direito da autora)
Graça Bica.@.

Penso em ti...

Na noite passada
procurei-te por toda a madrugada
e não te encontrei.
Tenho saudades e penso
muito em ti...
Os meus olhos, contemplo,
o brilho das estrelas,
que se fundem com o brilho do
teu intenso olhar.
Eu procuro,e procuro...
Não te esqueço
penso em ti!

A noite fasse tarde,
a madrugada não tarda a chegar,
continuo aqui a esperar...
Não desisto, insisto e
Penso em ti...

Quando a noite se for
seguirei com ela,
com o meu pranto de saudade,
e o peito soluça
penso em ti...
(reservado ao direito da autora)
Graça Bica

Cheguei há noite fechada,
rasguei o ventre e entrei,
silenciosa e calada
dentro da noite fiquei,

Ouvi vozes silenciosas,
e coisas maravilhosas,
encontrei a noite cheia,
com a minha poesia,
e por ela vaguei,

Senti que tudo era eu,
dentro da noite eu
guardava
tudo eu amava.

Quando da noite fugi
encontrei a madrugada,
profundamente cansada,
e da noite eu saí...!
(reservada ao direito da autora)
Graça Bica.@.

Poesia da alma da poeta Graça Bica

45 min · 

Solidão.

Ao amanhecer um sopro leve
trás os cheiros, dos campos
de flores silvestres....

Enquanto acordo,esfrego os olhos,
as saudades despertam em mim,
um aglomerado de lágrimas
brotam dos meus olhos.
 Nas paredes do quarto as lembranças vacilam,
ao contemplar os retratos expostos teus,
meu amor!

O C.D toca repetidamente o mesmo disco
 Choro por ti!

Os anos correm apressados,as saudades
seguem num ritmo lento, dói tanto
é, nesses momentos que escrevo,
 que eu usei chamar de versos...

No meio da minha incessante
e crédula procura,
de te ver sorrir num qualquer retrato,
que aclamaram tantas vezes, as lágrimas
roubadas de mim.

Sozinha num reparo vejo o mar,
penumbras,desejos, ansiedade.
Sombrio entardecer de um domingo
nos meus olhos tristes.!
 (reservado ao direito de autora)
Graça Bica.@.

Na ribeira dos meus dias,
onde mergulho as tristezas,
nascem as minhas poesias
com certezas, e incertezas.
.
Vão ao sabor da corrente
até ao mar indefesas.
vão as minhas musas vazias,
na ribeira dos meus dias.

Passam as horas ,sombrias
onde tudo é confuso,
filosofia ,e manias,
e as águas vão passando.

Vão com elas as minhas mágoas,
e, eu na margem vou ficando,
no tempo,e vou meditando
na ribeira dos meus dias.!
(reservado o direito da autora)
Graça Bica.@.

Quando aqui, há dias me pediste,
que te fiz esse ,amor, uma poesia.
eu disse meu amor ,que não fazia,
porque a poesia já em ti existe.

A poesia não se faz
porque em tudo existe poesia,
 até na noite,ou no claro do dia,
a poesia .meu amor, persiste.

A poesia existe ,amor,e não aparece
em tudo que Deus fez ,e aconteçe.
que existe poesia, até na dor.

E como existe em tudo,e não se cria ,
não me peças que te faça poesia
porque tu és, poesia .meu amor !...

Estes passos esgotados,
este rosto disfarçado,
este peito corroído,
este corpo sufocado,
foram flores na minha
vida.

Jardim na minha alma,
espadas de silêncio,
quebram a quietude,
na minha solidão. .

A imagem doutrora,
dum corpo delineado,
de pele rejuvenescida,
o peito fazendo furor,
ao tempo.

Amor vou soluçando,
numa prece comovida,
da saudade que ficou,
e uma lágrima derramei
na face despida.

(RESERVADO AO DIREITO DA AUTORA)

Graça Bica.@.