Quando olho o mar,
quieto, largo sem fim...
recordo, a minha meninice,
criança sozinha e triste,
triste, é uma forma de escrever,
privada do amor de pai,
interroguei-me tantas vezes,
o porque da tua partida!

eu não ter, a quem chamar Pai!
mais tarde compreendi,
nos sonhos, vinhas ter comigo...
eras, o meu melhor amigo
companheiro leal,
da escola, das brincadeiras...
de estares sempre ao meu lado...
no meu despertar, eras a saudade,
a rezão das minhas lágrimas,
do olhar triste, de menina,
dos meus sonhos acordados,
da vontade de te chamar Pai...
Graça Bica
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