quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Ainda há tanta dor neste peito fechado. São as lágrimas que falam, sem quê,nem porquê! Não as consigo calar, serro os meus olhos, espremo a minha alma, porque me deixaste nesta escuridão. onde todos passam sem me estender a mão. Tanta é a dor... Quero,que tudo passe não consigo compreender, porque te foste embora deixando-me a sofrer... Já nem o rosto limpo, as lágrimas secaram presas no peito a soluçar... Aceito-me, não me defendo nem fujo nem luto deixo-me ir sem me questionar. Não quero preservar-me nem decifrar,o sentido que a vida me impôs. Não tenho vontades, nem tempo, nem em projectos consigo pensar! Estou tão ocupada,a sofrer! Assino Graça Bica Escrito a muitos anos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Hoje escrevo como as aves que redigem o seu voo sem papel nem caneta, apenas escrevo com a luz da minha saudade. Como fico pequenina quando escrevo para ti! A tua ausência deixa-me nesta inercia,e sem acesso a mim,. por vezes desconheço-me caminho,caminho, e nunca chego a lado nenhum. Sou apenas mulher na tua ausência Na tua ausência, sou um nome que o tempo esqueceu, e mirrou em meu redor. Se me chamasses escutar te-ia, iria renascer como uma nascente pujada com vida, afogada em amor.! Assim morro afogada pela minha própria sede, imersa nestas palavras que te escrevo, de peito vazio sem ti. Como a alma que vagueia com pressa de poisar.. (reservado ao direito do autor) Graça Bica.@.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Natal... Meu amor a ceia será servida quando o relógio der as badaladas das vinte e uma hora. Espero sentada que a noite desça,e a hora se aproxima rápido para sentir os teus passos sussurrando baixinho pelo corredor, será meu amor que este natal chegarás a horas? ou virás, tarde demais.!!... No Natal do ano passado o cansaço venceu-me, esperei pela madrugada adentro,os cânticos do natal já se ouviam, e o relógio dava a meia noite para a missa do galo, espreitei pela janela a rua estava iluminada, as chaminés arrotavam tanta fumaça, senti-me tão triste e sozinha,o lume na lareira tremia tanto como o meu corpo tremia em desalento. Comprei uma manta nova que aconchegará, os nossos corpos, quando sentados no sofá debulhando às nossas conversas... A garrafa do conhaque já faz presença, na mesinha de apoio ao sofá.. Sabes amor, este ano presenteei-me com um bonito vestido vermelho,que irá salientar a nudez dos meus ombros, e aquele colar que me oferendaste num Natal,de muitos anos atrás,irá adornar o meu pescoço, reafirmando o meu decote mais atrevido,o teu olhar com toda certeza que aprovará amor.!.. Penso em prender o cabelo,daquela maneira que tanto gostas, um pouco em desalinho, com ripas puxadas para frente,e atrás na nuca. Espero meu amor que este ano venhas, se eu estiver dormitando acorda me... com muitos beijos... Saudades já, eu tenho demais....!... (reservado ao direito de autor) Graça Bica.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

A poesia ajuda-me, a dizer palavras que só a escrita as faz sentir, de tanto que dói-em, a minha volta sinto um naufragar de sonhos incompletos,com gestos perdidos, no vazio da minha alma.. As coisas passam atormentadas nas noites sem nome,num tempo perdido reclamando o que olhar nunca esquece. Quebrando no peito chorando, num gesto mais profundo e contido,e carregado de amor e solidão, com sonhos vendados por mim reclamados,por tanta ausência... Lágrimas lentas rolam pela face.e os gestos gelam nós meus braços, será sempre o mesmo sonho,a mesma ausência,em que escrevo para ti. . São palavras que eternizam no coração, de amor por ti..! (reservado ao direito de autor) Graça bica.
Recordando o Natal... Seria mais um Natal amor se seria,a luz das velas trariam agitação,e a noite caia,e os instantes em ti eram eternos. Hoje, seriam mais ternos com a tua companhia, seria luz bordando pela sala,e o vermelho das rosas não gemiam. Hoje, desfazem-se aos meus pés,em cada gesto sem ti. Quebrando o meu peito chorando, num gesto mais profundo e contido carregado de amor e solidão.! É o Natal amor em suspensão..! (reservado ao direito do autor) Graça Bica.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Hoje o cansaço alastra pela alma, é uma mistura que fica em chama, um grito perdido um eco que alastra, deixando marca no peito e chora, uma lágrima faminta de amor, um silêncio perdido,uma chama sem fogo... O vazio é o primeiro passo,numa página em branco. um latido pelas ruas sem nome, um olhar parado num beco sem saída, um muro desmoronado aos pés. Hoje o cansaço alastra, sou mistura da chama que arde no peito, pedra polida na terra batida, flor de junco seco nas dunas, verso inacabado por falta de amor. . Vento que se levante na boca sem beijos carícia... na última página dobrada. desfolhando um poema ena-cavado..!. (reservado ao direito do autor) Graça Bica.

sábado, 8 de dezembro de 2018

As tuas palavras desvendaram em vendáveis,gotejaram palavras que mais pareciam espirros de ondas melodiosas e firmes.! Olhei o mar,cor de turquesa manso, as gaivotas dançavam a um ritmo do acasalamento, o sol do meio dia ia deitado, acalentava um calor ameno. . Continuei a olhar o mar.. Tranquilo, e seguro,desaguava do meu peito suspiros,frases,dum doce embalo. A muito tempo que não sentia, um aipo com tanta leveza,que se abraçou a mim cuidadosamente. Deixei-me embalar... O mar chamava por mim, as ondas desfaziam-se leves,em sussurros pela orla da praia. Há um mistério entre mim, e o mar, que se agiganta,e explode num cântico de amor, defraudando com gritos agudos para ti, este amor que me tormenta, me guia,e foge... num sonho de amor.!!! (reservado ao direito de autor) Graça Bica.