sábado, 30 de outubro de 2021

Lá fora o vento norte faz antever chuva para a noitinha.
O fogo na lareira vai esmiuçando o último
toro de carvalho velho.
Enquanto os meus olhos varrem a ultima folha
do livro.
Aos meus pés a minha gata mia deleitasse reconfortada
com o calor ameno das brasas da lareira.
O candeeiro da mesa de suporte ao sofá irradia pela sala
uma luz cor de marfim, acolhedora, os quadros expostos
nas paredes, ganham vida os portas retratos com as nossas
fotos e dos filhos parecem sorrir para mim,
momentos mágicos de paz e sonhos bons que aquecem
e alentam a minha alma.
O vento lá fora sopra forte, o relógio da sala dá as badaladas
das 17 horas, o silêncio começa a gemer no meu peito,
uma lágrima cai, mais outras caiem levando o meu rosto,
triste de saudades meu Amor.!
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica.


 Poema escrito dia 1-Novembro 1914.!

Onde os meus olhos procuram só há escuridão!
Hoje nas janelas não há flores, nem recantos adornados com labaredas vermelhas, porque
a fonte secou.!
Há espaços perdidos entre os aglomerados
com campas, que nesta altura do ano se vestem
de flores..!
Há lágrimas solitários que descem pelos rostos.
Há, abraços que se repartem de saudades, de
ano a ano.!
Há o teu espaço, com a tua foto gasta pelos
beijos que te dou!
Há, o meu amor calado na ausência e sem culpa.!
Há saudades, que se prendem entre mim e
os filhos.
Há a tua neta, a quer saber histórias da nossa vida.
Há, a minha boca cantando as nossas conversas,
nas noites de inverno de lareira acesa, dando
brilho ao nosso olhar e inundado as nossas almas.
Há de tudo um pouco, e muito mais...
O meu canto chorado numa prece aos Céu
A tua neta enaltecendo o teu nome Vovó.
Há a ausência infinita de um até sempre
meu Amor.!
(reservado ao direito de autor)
Graça Bica

.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

 "Talvez e quem sabe se eu posso chamar

de, um desabafo"
O meu caminho vai-se tornando cada vez mais estreito, cada vez mais íngreme mais desconjuntado.
O coração está cansado, o espírito tem dificuldade
de concentrar, não pela idade, mas sim, coração amargurado.
As licitudes da caminhada agreste, deixam marcas profundas, sulcos inacabáveis.
"A Graça Amiga, sente dor, sente revolta, injustiça,
é um ser humano repleto de imperfeição, "COM um sim, reta, respeitosa, justa".
Nunca sei quando escreverei, sei que estou cada
vez mais cansada, cada vez me custa mais a escrever.
Estou com problemas de visão e isso tem me dificultado...
Tenho pesquisado nas minhas páginas de poesia, poemas antigos e uma outra escrita. Vou postando na minha página da rede social.
A necessidade é enorme, preciso de falar de ti e, para ti e para todos que me seguem.
Interrogo-me quando escreverei um novo poema.
Há um fio invisível, bastante tenaz, que liga todos os meus poemas: peito, a falar de Ti, para Ti, para os meus Amigos.!
Um abraçinho muito terno para todos.
Graça Bica
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Tu, Eduardo Moreira, João Carrapiço e 56 outras pessoas
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quarta-feira, 27 de outubro de 2021

 Uma REFLEXÃO Profunda!

"Das Mães para os Filhos, dia Mundial da
terceira idade."
Meu Filho, convida-me para ir a tua casa ao
domingo almoçar contigo, para não me sentir
tão sozinha.
Fale comigo com carinho meu filho, não te agites,
nós velhos, somos como crianças, gostamos de ser
mimadas e confortadas...
Comemora o meu aniversário e não critiques as
minhas loucuras, quando eras criança também
as fazias...
Sabes meu Filho vou tentar ser corajosa, mesmo
que me sinta amargurada...
Nunca te afaste de mim, nunca, fales comigo com desagrado, ainda, tenho a minha mente clara, com
as memórias do passado.
Não me deixe triste nem sozinha, a Mãe também
tem medo, não me deixes numa cama de Hospital,
os médicos estão errados, a dor que sentimos bem
da alma meu Filho

❤
Graça Bica.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

 A casa da nossa Mãe é assim.!

É a única casa que não é preciso pedir
licença para entrar, tem sempre a porta
aberta, e um cheiro a madressilva paira
no ar.
A qualquer hora de dia ou noite a mesa
está posta, com broa de milho a cheirar a
canela.
O cheiro da sopa inunda a alma, couve
galega com feijão vermelho adubada com
unto, iguaria sem igual, é, a sopa da nossa
Mãe.
A casa da nossa Mãe tem um olhar meigo,
lé a nossa alma, conforta as nossas dores
guarda o choro de criança, as risadas da
nossa adolescência e os segredos do nosso
primeiro amor.
A casa da nossa Mãe, pode ser pequenina,
grande não importa, abraça-nos tanto, que
chega ao coração.

É uma casa repleta de amor e sabedoria, foi
nessa casa que aprendemos a ser gente, com
carater e educação, foi na casa da nossa Mãe
que aprendemos a ser Mulher e Mãe.!
Aos os jovens!
Descubram o valor da casa da vossa Mãe,
antes que seja tarde demais.!
Sortudos são aqueles que ainda têm a casa
da Mãe para descansarem a alma.
Um enorme abracinho e muita Gratidão.
Graça Bica.
Gosto
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